Imprensa da Universidade de Évora

O Futuro é Hoje

Pedro Horta — ter, 14 out 2025 00:00:00 +0000

O Futuro é Hoje – Livro de Comunicações do XIX Congresso Ibérico e XV Congresso Ibero-americano de Energia Solar compila um vasto conjunto de estudos, projetos e investigações centrados no papel determinante das energias renováveis na transição energética. Reunindo as comunicações apresentadas no congresso, o livro espelha a diversidade e a atualidade das soluções científicas e tecnológicas que impulsionam a energia solar e outras fontes limpas no espaço ibérico e ibero-americano. Entre os principais eixos temáticos destacam-se a inovação em sistemas fotovoltaicos e solares térmicos, a integração da energia solar em edifícios e cidades, o armazenamento energético, o hidrogénio verde, a eficiência energética, bem como políticas e estratégias para a descarbonização. A obra enfatiza a importância da investigação multidisciplinar e da cooperação internacional na construção de um futuro energético sustentável, acessível e resiliente, sublinhando a urgência de agir no presente para enfrentar os desafios climáticos e ambientais.

Ensaios da Imaginação com a Paisagem

Maria João Pereira MARQUES — seg, 23 jun 2025 00:00:00 +0000

Ensaios da Imaginação com a Paisagem é um trabalho sobre a obra de Armando Antunes da Silva (Évora, 1921-1997), desenvolvido em torno de dois grandes objectivos: apurar a singularidade deste escritor dentro da literatura portuguesa; e acompanhar, durante a segunda metade do século XX, a evolução do Alentejo, espaço presente em toda a produção antunina como objecto de reflexão e lirismo.

Para alcance destes propósitos, seleccionámos três obras do autor – o romance Suão (1960) e os seus dois diários, Jornal I (1987) e Jornal II (1990). Pelo tempo histórico documentado nos três livros, coincidente com a data de edição, ficou garantida à partida a abrangência de um período considerável da realidade do Alentejo, que desde o início contou alongar-se com a imagem da região nos anos 40, transmitida em Gaimirra, colectânea de contos lida antes pela autora.

Todavia, a preocupação em efetuar uma leitura dos livros seleccionados concordante com o resto da produção de Antunes da Silva conduziu à reflexão sobre outros textos que se incluem na respectiva actividade jornalística ou na literária. Por isso, em Ensaios da Imaginação com a Paisagem fica-se também a conhecer narrativas como Alentejo É Sangue ou A Fábrica, a par da poesia antunina: Canções do Vento, Rio Degebe, entre outros. Em sintonia com as prosas e os versos referidos, interpretámos igualmente as reportagens de Terras Velhas Semeadas de Novo e Alqueva a Grande Barragem.

Sendo o autor escolhido uma voz de crítica construtiva ao Estado Novo e à jovem democracia portuguesa, desde o começo se impôs o esclarecimento da sua ideologia política. O conhecimento das ideias-base do MDP/CDE, o partido onde activamente milita, a leitura daquelas reportagens e de textos diarísticos, todos eles publicados após a revolução do 25 de Abril, e também a análise de Notícias do Sul (1976 a 1981), o jornal que Antunes da Silva dirige, ajudaram a descortinar as ideias políticas e de cidadania presentes na sua literatura, enquanto lhe forneciam um contexto. O quadro sociocultural e político-económico do Alentejo do século XX conseguido resulta ainda da intercepção da perspectiva antunina com a de outros interessados na região.

Sempre movidos pela vontade de distinguir Antunes da Silva no panorama das Letras nacionais, procurámos noutros escritores as influências na sua escrita. Defensor permanente do valor humano da Planície, e encantado até à morte pela sua paisagem solar, Antunes revela, nos diários e nalguns artigos de imprensa, as palavras em volta das quais as suas se entretecem. Imperioso, pois, cruzar com o seu labor regionalista obras como As Novelas do Minho, de Camilo Castelo Branco e autores transtaganos como Mário Beirão, Fialho de Almeida, Manuel Ribeiro ou Garibaldino de Andrade. Esclareça-se que a escolha de textos e escritores teve por critério não só as referências do nosso autor, mas ainda prosseguir o esforço empreendido por ele para homenagear a cultura alentejana. Com este repto, e sobretudo por causa de Manuel Ribeiro de Pavia, artista que embelezou alguns dos livros antuninos, criou-se um anexo sobre os ilustradores da literatura em foco.

Osteologia e Miologia

Ana Faustino, Maria João Lança — ter, 12 nov 2024 00:00:00 +0000

Este livro é o terceiro de uma coleção didática para o estudo da anatomia (osteologia e miologia) dos animais domésticos para estudantes de veterinária, nomeadamente a anatomia detalhada do membro anterior canino. Trata da osteologia do membro torácico, descrevendo as peças ósseas das diferentes regiões anatómicas, as principais articulações e movimentos. Aborda também os principais músculos esqueléticos do membro torácico, mencionando os acidentes ósseos de origem e inserção muscular, para uma melhor compreensão dos movimentos.

Utilizando fotografias das peças ósseas e da disseção muscular, proporciona uma forma envolvente de rever os ossos, e as áreas específicas onde os músculos se originam e se inserem, permitindo uma melhor compreensão dos músculos que funcionam como flexores e os que são extensores.

Por fim, há uma pequena secção sobre a forma de estudar estes temas sob a forma de um protocolo prático.

Cruzando la raya 4

Susana Gil Llinás, Claudia González Rivas — qui, 27 jun 2024 00:00:00 +0000

A proximidade entre a língua espanhola e a portuguesa é tanto uma vantagem como uma desvantagem para os estudantes portugueses que começam a estudar Espanhol. As semelhanças entre as duas línguas permitem aos aprendentes progredir com uma certa agilidade através dos níveis iniciais de espanhol, mas, ao mesmo tempo, dão origem a erros de interferência recorrentes que são partilhados. Tendo em conta estas peculiaridades, o manual Cruzando la Raya 3 é destinado aos estudantes universitários de Espanhol que são falantes nativos de Português. Este manual segue uma abordagem comunicativa e contrastiva, oferecendo explicações, notas semânticas ou exercícios que realçam as semelhanças e diferenças entre o Espanhol e o Português, a fim de promover uma melhor aprendizagem da língua espanhola.

Eugénio de Castro nos Cem Anos da Sua Celebração Espanhola

ter, 14 mai 2024 00:00:00 +0000

No biénio 1922-1923, o poeta português Eugénio de Castro [1869-1944] foi recebido em Madrid para um conjunto de eventos públicos que representam o corolário de um alcance internacional pouco comum entre os seus contemporâneos. 100 anos depois, a pretexto destes eventos e do impacto internacional do poeta, que o faria figura tutelar dos rumos da modernidade literária nacional e transnacional, este volume pretende reabilitar e reinterpretar a sua obra e a sua acção cultural. Para tal, reúnem-se aqui ensaios de alguns dos principais especialistas na obra do poeta português: José Carlos Seabra Pereira aborda a continuidade, o sincretismo e o carácter pioneiro da sua poesia, entre simbolismo, decadentismo, classicismo, neo-romantismo e academicismo. Paula Morão analisa a sua produção cronística, salientando nela os traços de uma autoria moderna e a mestria no domínio dos códigos do género. Bruno Anselmi Matangrano demonstra a vitalidade de um dos mais célebres textos castrianos, Belkiss (1897), propondo uma sua interpretação ecocrítica. Por último, Miguel Filipe Mochila analisa a intersecção da poesia e do posicionamento crítico de Eugénio de Castro, sob tónica decadentista, com alguns dos mais revelantes autores hispânicos coevos. A estes estudos acresce uma antologia dos mais importantes textos críticos que sobre Eugénio de Castro se publicaram em castelhano, aqui traduzidos para português, quase na sua totalidade, pela primeira vez, demonstrando a profundidade, diversidade, e longevidade da sua recepção hispânica, que tocou nomes como Rúben Darío, Leopoldo Lugones, Miguel de Unamuno, Rogelio Buendía, Carmen de Burgos, Enrique Díez-Canedo, Andrés González-Blanco, César González-Ruano, Mauricio Bacarisse ou Pere Gimferrer.